segunda-feira, 10 de maio de 2010

Pequenez


Ofusca-me a passagem das horas
Que ora me faz tão só...
Embarga-me o infinito
Pois me faz tão pequeno
Quanto as orações de um ateu.

No azul imberbe desta tarde
Faço-me relíquia,
Posto que sou um
Dos poucos que contemplam
O sentido da própria pequenez,
Ante a força descomunal
De um universo que me fascina

Um comentário:

Sylvia Rosa disse...

Coração de Poeta é o que tu tens
não so dedos que desliza com pena em cima do papel...
O universo realmente é fascinante
e há beleza em tudo
nas mais simples e
no que parece ser insignificante...
Não é qualquer um que sabe ver e sentir um tapa do vento no rosto,
que beija o sol quando ele surge,
que sorri pra lua antes que ela dorme,
É Nesses momentos de introspecção
onde as horas simplesmente pára,
que surge lindas e comoventes poesias como esta que te sopraram ao ouvido,
estás ai posta,
O céu se alargará diante de vossos olhos, pois alguem lá em cima vela por ti,
e sabe o que tu precisas
no momento certo,
enquanto isso abusas de ti
pra te ver e fazer estoria e poemar.
Um forte abraço amigo querido!